segunda-feira, 29 de abril de 2013

Santa perde por 2x1 para o Náutico, mas garante vaga na final do estadual


Com o regulamento colocando a arbitragem em primeiro plano, o texto não poderia seguir outra linha. As análises táticas de Náutico e Santa Cruz ficam escanteadas. E o apito ficou ainda mais em evidência quando os alvirrubros marcaram 1x0, aos 15 minutos, e deixaram tudo exatamente igual.
O atacante Rogério driblou Renan Fonseca e cruzou rasteiro para Elton marcar o primeiro dele em clássicos e disparar na artilharia da competição, com 15. O primeiro grito de gol ecoou nos Aflitos. Primeiro e único gol puro, como manda o figurino.
Pouco antes disso, os volantes Elicarlos e Martinez protagonizaram jogadas violentas. Em uma delas, Jefferson Maranhão saiu lesionado. Jogo que segue. As arquibancadas comemoraram novamente quando o árbitro Gilberto Castro Júnior, aos 31, deu cartão amarelo para o zagueiro William Alves. De acordo com o estranho regulamento, o Náutico garantia a vaga na final pelo critério de desempate de cartões.
O “gol” do Santa Cruz veio aos 36. Martinez, após falta comum em Dênis Marques, também recebeu cartão amarelo. Na cobrança da falta, o atacante tricolor quase empata. Felipe fez grande defesa. Fim do primeiro tempo e vaias. Não para os times e boa partida. E, sim, para Federação Pernambucana de Futebol e, consequentemente, a arbitragem.
O verdadeiro futebol, finalmente, entrou em campo
A declaração do treinador do Náutico, Silas, resumiu o sentimento de quem vivenciava a situação criada pelo péssimo regulamento. “Gostei do que apresentamos no primeiro tempo. No cartão, parece que empatou, né? Está 2x2 aí... Vamos ver”, disse. E viu, aos nove. Jones Carioca, apóscarrinho em Anderson Pedra, recebeu o cartão amarelo. Ficou em 3x2 a vantagem do Santa Cruz.
Entretanto, logo depois, mais uma vez o “placar” ficou igual. Tiago Costa chutou a bola para longe após lateral marcado contra o Santa e levou o amarelo. 3x3. O absurdo ficou ainda maior: o mesmo Tiago Costa matou um ataque do Náutico e, como quem não viu, Gilberto Castro Júnior assinalou apenas falta.
No futebol, a pressão era totalmente alvirrubra. Elton e Rogério tentavam caprichar com bicicletas. Estabanado, o zagueiro Renan Fonseca quase fez contra. Tiago Cardoso fez grande defesa. Mais um cartão, dessa vez para Luis Eduardo, do Náutico.
A cansativa (e bizarra) contagem dos cartões só foi finalizada aos 31. Após crescente pressão do Santa, incluindo bola no travessão, Alison fez pênalti em Renatinho. Dênis Marques cobrou e empatou. No finalzinho, também de pênalti, Elton marcou o gol da vitória do Náutico. Entretanto, pelo gol fora de casa, os tricolores avançaram para a final.
Ficha Técnica
Náutico (2)
Felipe; Maranhão, Luís Eduardo, Alison e Douglas Santos; Elicarlos, Rodrigo Souto e Martinez; Jones Carioca (Vinícius Pacheco), Elton e Rogério. Técnico: Silas
Santa Cruz (1)
Tiago Cardoso; Éverton Sena, William Alves, Renan Fonseca e Tiago Costa (Nininho); Anderson Pedra, Luciano Sorriso (Sandro Manoel), Renatinho, Raul e Jefferson Maranhão (Flávio Caça-Rato); Dênis Marques. Técnico: Marcelo Martelotte
Local: Estádio dos Aflitos (Recife)
Árbitro: Gilberto Castro Júnior


Assistentes: Elan Vieira e Francisco Chaves
Cartões amarelos: Martinez, Jones Carioca, Luis Eduardo (Náutico); William Alves, Tiago Costa, Dênis Marques, Tiago Cardoso, Renan Fonseca, Nininho (Santa Cruz)
Gols: Elton(2) (Náutico); Dênis Marques (Santa Cruz)
Público: 15.013 Renda: R$ 265.560,00

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