A Selvageria no Arruda

Publicado por: GoleadaPE

O dia 16 de março de 2012 vai demorar a sair da memória do Santa Cruz. Pode-se dizer que poucos clubes de futebol são capazes de produzir tanta informação em um curto espaço de tempo. Isso prova a grandeza do Tricolor. Entretanto, toda equipe de futebol de expressão é regada a muita cobrança por resultado e, em algumas situações, a exigência por resultados acaba vindo de uma forma bastante ríspida. Foi o que aconteceu ao Santa Cruz nesta sexta-feira (16). Quando a torcida, enfurecida pela eliminação na Copa do Brasil, pelo inexpressivo Penarol/AM, representada por 30 tricolores, resolveu protestar durante o treino dos atletas e, o que tinha cunho de manifestação pacífica, terminou em pancadaria.

O protesto se iniciou ainda na quinta-feira, por meio de mobilização nas redes sociais, com a divulgação da manifestação que pede a saída do técnico Zé Teodoro do cargo e cobra uma postura mais digna dos jogadores dentro de campo. A proposta era uma só, expôr a insatisfação de forma pacífica e ordeira. Indo ao ambiente de trabalho do elenco para deixar bem claro que o grupo não está correspondendo.

Com a ideia em mente e a convocação de mais adeptos ao manifesto, o grupo de torcedores cumpriu a promessa e se dirigiu às arquibancadas do Arruda, onde ficaram à espera do início do treino desta sexta para serem ouvidos pela equipe tricolor. Bastou o técnico Zé Teodoro adentrar o gramado que deu-se início ao protesto. Ao contrário do que foi proposto, o movimento foi distorcido, passando de pacífico a agressivo.

Os manifestantes não pararam de proferir ofensas ao treinador e a seus comandados. Palavrões, xingamentos e mais outra porção de impropérios, com o intuito de escancarar a vergonha que estavam sentido pelo vexame proporcionado pelo time contra o Penarol. Uma situação capciosa, a qual poucos tolerariam.

Os seguranças do clube apenas observavam o cenário de barbárie que se instaurava no Arruda. Certamente, estavam apenas no aguardo de uma ordem para coibir a distorcida manifestação. Possivelmente, foi a situação em que mais tempo eles ficaram inertes, diante de um ato contrário às determinações dos superiores.

Esse período, em que os guardas-costas ficaram apenas observando, acabou fazendo muito mal à segurança do próprio Santa Cruz. Os homens, que têm como função proteger o patrimônio do clube, certamente, tomaram para si as ofensas proferidas, tomando uma atitude de baixo nível, inferior aos palavrões ditos pelos manifestante. Os seguranças trataram de coibir o protesto na base da agressão.

Os seguranças alegaram que havia recebido determinações explicitas de conter a manifestação assim que o técnico Zé Teodoro terminasse a reunião com os atletas e os treino iniciasse. O grupo recusou-se a sair, gerando a ira dos funcionários do clube. Debaixo de socos e ponta-pés, os torcedores corais deixaram às sociais do estádio. Na saída, muita revolta com a atitude truculenta.