Há uma espécie de provérbio compartilhado pelos tricolores segundo o qual tudo, para o Santa Cruz, tem de vir sofrido. Brigado. Só depois de uma boa dose de luta, suor e sangue. A vitória coral sobre o Salgueiro, ontem,no Arruda, por 3 x 1, no Arruda não apenas confirma o ditado – mas o fortalece. A classificação – diante de um valente Carcará- exigiu músculos e nervos. Dos atletas e da torcida, ressalte-se. Assim foi. Quase profeticamente sofrida, como de hábito. Dura, como há de ser. Mas a vaga para a decisão do Campeonato Pernambucano foi conseguida. E o sorriso largo de cada torcedor do Terror do Nordeste atesta: não há nada melhor do que alcançar um objetivo depois de muita dedicação.
A partida começou equilibrada. Mesmo com a vantagem do empate, o Salgueiro foi ousado no início. Aproveitando-se de um certo nervosismo do time do Santa Cruz, o Carcará conseguiu chegar ao gol de Thiago Cardoso com algum perigo. As principais jogadas do Carcará foram criadas pelo meia Élvis e pelo lateral-direito Marcos Tamandaré. O Mais Querido, porém, aos poucos tomou conta da partida. A dupla de meias Luciano Henrique e Natan, a princípio desentrosada, encaixou. E foi de seus pés que saiu o gol de abertura do placar, aos 33 da etapa inicial. LH passou para Natan – que fuzilou do lado direito da grande área. 1 x 0 para a Cobra Coral.
Não deu nem para comemorar, contudo. Dois minutos mais tarde, o roteiro da partida de ida se repetiu. Pelo lado direito, Marcos Tamandaré cruzou rasteiro, Fabrício Ceará entrou de carrinho. Tiago Cardoso ainda fez a defesa – mas o atacante Fabrício Ceará foi esperto para empatar. 1 x 1. Apreensão nas arquibancas do Mundão do Arruda.
Na volta para a segunda etapa, Zé Teodoro manteve o mesmo time. Acerto do treinador porque, logo aos 2 minutos, o volante Chicão deu grande passe para Flávio Recife dominar a bola e ser derrubado inapelavelmente dentro da grande área. Pênalti que Dênis Marques cobrou com maestria. Forte, do lado direito do goleiro Luciano. 2 x 1.
Daí para frente foi só o prender de respiração e o roer de unhas. Mesmo com um jogador a menos (volante Josa foi expulso), o Salgueiro tentou o empate. O Santa ameaçava nos contra-ataques para o tento que mataria de vez a partida – cujo autor foi o matador Dênis Marques, artilheiro do campeonato. O 3 x 1 foi o bastante. Classificação sofrida e bem comemorada. Agora… Que venham as finais.
Ficha
Tiago Cardoso; Diogo, William Alves, Vagner e Renatinho; Chicão (Sandro Manoel), Pedra (André Oliveira), Natan e Luciano Henrique; Flávio Recife (Léo) e Dênis Marques. Técnico: Zé Teodoro
Salgueiro: Luciano; Marcos Tamandaré, Alemão, Luiz Eduardo e Peri; Pio, Josa, Victor Caicó (Junior Ferrim) e Clébson. Élvis (Edmar) e Fabrício Ceará. Técnico: Neco
Cartão vermelho: Josa (Salgueiro)
Cartões Amarelos: William (Santa Cruz); Luciano, Marcos Tamandaré, Peri e Élvis (Salgueiro)
Gols: Dênis Marques (2 e 47 do 2T) e Natan (33 do 1T) pelo Santa Cruz; Élvis (35 do 1T) pelo Salgueiro
Público: 36.113. Renda: R$ 645.320
( Texto: Site OFICIAL )
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